Jornal31

São Tomé,13março2023 -(Jornal31) – O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada que regressou este fim-de-semana à São Tomé e Príncipe, depois de ter estado no Gabão, Portugal e Doha Qatar, desvalorizou, o conteúdo do relatório do CEEAC, antes mesmo de conhecer o seu conteúdo. Para Patrice Trovoada, o relatório válido é o do Ministério Público, produzido com apoio da Polícia Judiciária Portuguesa.

O relatório da CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central), sobre os incidentes de 25 de novembro no quartel das forças armadas em São Tomé e Príncipe da CEEAC, “não preocupa” o primeiro-ministro são tomense.

“O relatório que realmente importa foi o relatório que foi apresentado a todos nós os são-tomenses pela investigação conduzida pelo Ministério Publico com apoio de Portugal”, afirmou, Patrice Trovoada.

O governante são-tomense disse “não ter recebido ainda”, o relatório da CEEAC que se encontra na posse do Presidente da República, Carlos Vila que o tenho desde fevereiro passado. Uma copia deste documento foi lhe entregue na República Democrática do Congo.

Depois de Patrice ter regressado do estrangeiro, Carlos Vila Nova, viajou para Cabo-Verde, de visita oficial de quatro dias.

Os partidos da oposição são-tomense MLSTP/PSD(movimento de libertação de São Tomé e Príncipe, Partido Social Democrata) e Movimento Basta! recorde-se instaram ao chefe de estado são-tomense a partilhar o conteúdo do documento com as forças politicas e com os demais órgãos de soberania e a justiça.

No entanto, prevê-se para esta semana dia 18 de março a divulgação do relatório sobre tortura e a morte de quatro indivíduos no Quartel das Forças Armadas.

Arlecio Costa e Armando, antigo operacionais do extinto Batalhão Búfalo que operava na África do Sul estão entre as vítimas.

Coabitação ADI e MLSTP/PSD

No entanto, Patrice Trovoada e Jorge Bom Jesus, trocaram acusações acesas, por causa do conteúdo do relatório do Ministério Publico.

Trovoada recorde-se acusou Jorge Bom Jesus, de ter tido conhecimento da “tentativa do golpe de estado e não ter feito nada para o travar”.

Instado pelos jornalistas pelos excessos, Trovoada não mostrou arrependido, assegurou que “cada um assumi o que disse.”

O filho do antigo presidente são-tomense Miguel Trovoada, mostra-se firme na sua convicção política e foi perentório ao afirma que “as coisas têm que ser ditas , quando as coisas são graves tem que se dizer.”

“Conseguinte não há nenhum problema do meu lado”declarou Patrice Trovoada quando falava a imprensa no aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe Nuno Xavier.

O primeiro-ministro são-tomense recordou ainda” eu disse bem antes da campanha estamos aqui para trabalhar todos juntos, mas que cada um assuma a sua responsabilidade e nós continuamos abertos”

Depois deste episodio, Patrice Trovoada, mostra-se aberto ao diálogo político “aos que considera” patriotas e pessoas serias.”

Clarificou ainda que não tem problemas com a direcção do MLSTP/PSD, mas sim ” com o anterior governo liderado por Jorge Bom Jesus.”

 Por Ramusel Graça