Três empresas são-tomenses pagam divida para com Angola: “dinheiro emprestado é para devolver”, diz Patrice Trovoada

São Tomé,07jun2023-(Jornal31) -Angola em breve vai passar controlar os ativos do estado são-tomense, no BISTP, Hotel Mira, e a CST, como contrapartida do pagamento da divida que São Tomé e Príncipe, contraiu nos últimos vinte anos no âmbito da cooperação entre os dois estados.

Foi estudado um mecanismo que vai ser depois traduzido em acordos em instrumentos jurídicos para que se possa de facto começamos a pagar a divida que temos com Angola”, afirmou Patrice Trovoada, primeiro-ministro são-tomense no aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe Nuno Xavier, quando se deslocava-se à Costa de Marfim, Estados Unidos da América, e Brasil. 

Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP), Companhia São Tomense de Telecomunicações (CST), e Hotel Mira, são três identificadas nas quais o governo irá passar os ativos do Estado para Angola, como contrapartida de cobrança da divida.

O primeiro-ministro reconhece que a divida para Angola é avultada, e diz que o estado angolano tem sido generoso para com São Tomé e Príncipe.

“Não é pouca”, segundo Patrice Trovoada, a divida contraída pelo estado são-tomense acumulada a mais de vinte anos.

Só em fornecimento de combustíveis, o País deve “acima de 270 milhões de dólares, mas aquilo que chamamos a divida histórica cerca de 70 milhões. São mais de 300 milhões de dólares.”

A transferência dos ativos das empresas são-tomense para gestão do governo angola, é descrito por Patrice Trovoada, como sendo um mecanismo que faz parte na “nova parceria estratégica.”

O estado não concedeu e a maneira como as pessoas colocam o problema deixa pairar a ideia de que nós somos tão generosos que demos empresas ao governo Angolano“, respondeu o primeiro-ministro são-tomense quando questionado pelo jornalista do Jornal31 sobre o assunto.

A nova parceria estratégica que será traduzido num acordo salientou Trovoada, vai permitir a passagem de mais ativos das empresas são-tomenses, para gestão de Angola. Enaport (Empresa Nacional dos Portos), está também na lista de concessão.

Por Ramusel Graça

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