Crise de combustíveis termina e os são-tomenses apelam a seriedade dos políticos

São Tomé,23jun2023-(Jornal31) – As gasolineiras retomaram esta sexta-feira (23.06) a venda de combustiveis quinze dias depois da rotura do stock que deixou o País praticamente parado e com consequências diretas na vida da população.

Por volta das 10:00 desta sexta-feira (23.06), as gasolineiras começaram a ser abastecidas com a gasolina e o gasóleo de forma gradual. Foram registadas desde madrugada longas filas de motoqueiros e taxistas, a classe mais afetada pela falta de combustiveis.

“Eu venho a bomba às quatro da madrugada saio às 17:00 TMG. Vou para casa jantar e regresso as três da manhã até hoje que o combustível chegou”, contou a nossa reportagem um taxista que faz a carreira cidade capital a hospital.

Foi a maior crise de sempre de combustiveis que São Tomé e Príncipe enfrentou com consequências direta na vida da população.

Um navio Petroleiro proveniente do Togo com 15 mil toneladas de combustiveis há mais de nove dias só conseguiu fazer a trasfega dos produtos petrolíferos para o petroleiro de menor calado esta quinta-feira (22:06)

“Nunca vi isto na minha vida. Muitas famílias passaram fome” atirou um motoqueiro, indignado com a situação em que esteve mergulhado o País, quando aguardava pela sua vez para comprar combustíveis.

A rotura de stock de combustiveis, deixou o País praticamente paralisado afetando a economia já débil que tenta reanimar com a entrada do IVA (imposto de Valor Acrescentado). A maioria dos transportes ficou parado. As pessoas passaram a circular a pé.   

Para evitar o apagão total que aconteceu esta quinta-feira (22.06), o funcionamento das cinco centrais térmicas de São Tomé durante semana, deveu-se a concessão dos 500 mil litros de gasóleo fornecidos pelo Governo americano, através a partir do seu centro retransmissor da Voz da América em São Tomé.

No porto sem abrigo de Neves (cidade do distrito de Lembá) a atracagem do navio teve o seu início as 17:00 e terminou as 21:00 TMG, com o transbordo de combustiveis para os reservatórios da ENCO (Empresa Nacional de Combustiveis de Óleo), sob olhar atento da população local e de outras localidades de São Tomé.

“Eu peço ao Governo que isto não volte a acontecer, é pela primeira vez que estamos a passar por isso. Atracagem do navio nunca foi novidade aqui em Neves. Alertou, veja quantas pessoas vieram assistir(….). O governo tem que ser mais sério”, atirou

A rotura do stock segundo, Governo deve-se a falta de divisa no Banco Central de São Tomé e Príncipe tendo obrigado o executivo, explicou Patrice Trovoada a recorrer, a um empréstimo de 11 milhões de dólares cuja instituição financeira não foi revelada.

O governante afirmou por outro lado que deverá chegar ao País um novo carregamento de combustíveis proveniente de Angola e do Gabão, que garantiram o stock até setembro próximo.

Por Ramusel Graça

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