Construção do Liceu em São Marçal avaliado 3.4 milhões de euros

São Tome, 22junho2022-(Jornal31)Em 2024, o distrito de Água Grande o mais populoso de São Tomé e Príncipe contará com um segundo Liceu. Está em construção, em São Marçal um estabelecimento de ensino com capacidade para albergar cerca de mil e 600 alunos, cujo investimento está avaliado em 3.4 milhões de euros. O financiamento dessa obra advém das responsabilidades sociais das petrolíferas envolvidas na exploração do petróleo na zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe.

Para Julieta Rodrigues, Ministra da Educação e Ensino Superior, a “Educação é a arma mais poderosa, para transformar as pessoas e são as pessoas que transformam a sociedade e o mundo”, afirmou a Governante que exaltou a vantagem da construção de um segundo Liceu no Distrito de Água Grande, o mais populoso do país.

3.4 Milhões de euros, é montante global do financiamento, disponibilizado pelo consórcio Shell (petrolífera britânica) e a Kosmo Energy (petrolífera americana), no âmbito das responsabilidades sociais firmadas com as autoridades São-tomenses. As referidas petrolíferas estão envolvidas na exploração de hidrocarbonetos na zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe.

Em 2024, será inaugurado o liceu em São Marçal, que acolherá 1.600 alunos

Na ocasião, Osvaldo Abreu, Ministro das Infra-Estruturas e dos Recursos Naturais disse numa breve intervenção que “O recurso petrolífero só nos beneficia, se for transformado em infra-estruturas de saúde, de educação, de energia, de água e de infra-estruturas rodoviárias. Tudo que vem beneficia a vida da população”.

O diretor da Agência Nacional de Petróleos, Luís Manuel Gamboa, ressaltou que “a escola deveria ter sido construída em 2015”, mas constrangimentos “burocráticos e políticos” impediram a continuação do processo que só agora foi desbloqueado.

O Liceu de São Marçal segundo assegurou “é uma escola moderna e polivalente que deverá receber em cada ano lectivo cerca de 1.600 alunos.” O estabelecimento de ensino comporta 21 salas de aulas, três laboratórios, seis salas de informática, uma biblioteca e vários gabinetes.

(Direita), Osvaldo Abreu, ministro das Infra-estruturas, (Esquerda),Eduardo Rodriguez, director da Shell STP

É curioso ressaltar que num estabelecimento de ensino com a capacidade para mais de 1.000 alunos não tenha sido, aparentemente contemplado a construção de campos de jogos, de uma pista de atletismo, de um ginásio e de um tanque de aprendizagem para a natação. Outra falha parece resultar na ausência de um anfiteatro para actividades de natureza cultural e uma sala para aulas de música e de artes visuais.

“Estamos a investir no capital humano, e quando os países fazem isto, garantem o desenvolvimento garantem a prosperidade durante toda vida, indicou, Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro São-tomense, que recordou que o investimento na educação “vai de encontro ao ODS (Objectivo do Desenvolvimento Sustentável), agenda 2063 da União Africana e a Estratégia da Redução da Pobreza”.

Por Ramusel Graça

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