CPLP desencadeia “diplomacia preventiva”, depois da crise pós-eleitoral em São Tomé e Príncipe

São Tomé,05Outobro2022-(Jornal31) -Angola que assume a presidência rotativa da CPLP (comunidade dos Países de Língua Portuguesa), organização que esteve presente na missão de observação eleitoral e que deixou o País, após a divulgação dos resultados provisórios, prontificou-se para mediar um eventual conflito no terreno onde a União Europeia e as Nações Unidas assumiram o protagonismo, contribuindo para a resolução do diferendo.

Teté António, ainda na qualidade do Ministro das Relações Exterior de Angola, que desembarcou em São Tomé e Príncipe uma hora antes da publicação final dos resultados das eleições legislativas autárquicas e regional de 25 de setembro, manteve encontros com diferentes órgãos de soberania, Presidente da Republica de São Tomé e Príncipe, Primeiro-Ministro e Chefe do Governo, Tribunal Constitucional,  as Nações Unidas, missão de observação da União Europeia  incluindo os membros da Comissão Eleitoral Nacional, cuja sua posição em não declarar o vencedor das eleições legislativas e os respetivos mandatos, que originou o clima de tensão política e Social no arquipélago.

“Como sabem a CPLP, teve uma missão de observação eleitoral aqui em São Tomé e Príncipe, apos terem concluído o trabalho e do seu relatório final, viemos dar prosseguimento, a diplomacia preventiva” garantiu o diplomata angolano.

O clima de tensão que perdurou dez dias entre ADI (ação democrática independente), que reivindicava ter ganho as eleições legislativas com maioria absoluta, e por outro o partido da independência MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe), garantiu ter vencido com maioria simples e apelava ao adversário para aguardar a publicação dos resultados oficiais depois da Assembleia de Apuramento Geral, pelo Tribunal Constitucional nas vestes do Tribunal Eleitoral.

A crispação política, subiu de ton devido uma coligação pós-eleitoral, feita pelo Movimento Basta! MDFM-UL e UDD, caso fosse aprovada na Assembleia de Apuramento reduziria os votos do partido adi que venceu as eleições com maioria absoluta nas eleições de 25 de setembro.

Recorde-se apos a divulgação dos resultados provisórios destas eleições o juiz José Carlos Barreiro, Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, anunciou publicamente ter sido ameaçado através de chamadas anônimas, de que poderia ser morto, e a sua casa ser incendiada, caso os resultados forem desfavoráveis ao ADI.

Barreiro, passou a ser escoltados pela força de elite “fuzileiros navais” e bem como a sua residência passou a ser vigiada por militares.

Por Ramusel Graça

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